A palavra “Halloween” é uma forma abreviada das expressões inglesas All Hallows’ Eve ou All Hallows’ Evening, que, em português, se traduz como “Véspera de Todos os Santos” ou “Noite de Todos os Santos”. As origens do Halloween remontam a um festival pagão antigo chamado Samhain, que era celebrado pelos celtas há mais de dois mil anos.

Esse festival era realizado nas regiões que hoje correspondem ao Reino Unido, Irlanda e noroeste da França. O nome Samhain significa “fim do verão” e marcava a transição para o inverno. Além de simbolizar o início do ano celta, acreditava-se que nesse período os mortos podiam retornar e caminhar entre os vivos, o que explicava muitas das tradições associadas ao festival.

Uma das práticas que evoluiu para o famoso “doces ou travessuras” começou em áreas da Irlanda e do Reino Unido, onde as pessoas participavam de um ritual chamado souling. Elas iam de porta em porta pedindo pequenos pães conhecidos como “bolos de alma”, oferecendo orações em troca. Além disso, adultos também pediam alimentos e bebidas, oferecendo músicas ou danças como retribuição.

Outro símbolo icônico do Halloween, as jack-o’-lanterns (as lanternas feitas com abóboras esculpidas), têm suas raízes em uma antiga prática irlandesa e escocesa. No início, as pessoas usavam beterrabas ou nabos como lanternas. Segundo uma lenda irlandesa, o nome jack-o’-lantern vem de um homem chamado Jack, condenado a vagar pela Terra para sempre com apenas um carvão do inferno dentro de sua lanterna, pois não podia ir nem para o céu nem para o inferno.

A tradição do Halloween chegou à América do Norte no século XIX, trazida por imigrantes da Irlanda e da Escócia. Além disso, imigrantes haitianos e africanos acrescentaram à festa suas crenças vodu, que incluíam superstições envolvendo gatos pretos, fogo e bruxaria, influenciando a forma como o Halloween é celebrado hoje.