No passado, a humanidade adotou soluções rudimentares para questões de higiene e saneamento. Em sociedades antigas, como no início das civilizações, as fossas e buracos externos serviam como instalações sanitárias. Com o desenvolvimento das primeiras civilizações, surgiram as primeiras latrinas, poços revestidos de pedra e preenchidos com areia para conter os resíduos.

Na Roma Antiga, a sofisticação das infraestruturas públicas alcançou os sanitários, onde foram construídos banheiros públicos luxuosos, propícios para conversas informais, mesmo durante as necessidades fisiológicas. Durante a Idade Média, no entanto, houve um retrocesso em práticas de saneamento.

A população urbana começou a usar urinóis de cobre, cujo conteúdo era lançado nas ruas, sem nenhum sistema adequado de descarte. Os aristocratas utilizavam versões mais sofisticadas desses utensílios, conhecidos como “bourdalou”, de porcelana, e que hoje podem ser erroneamente vendidos como recipientes decorativos.

Com o Renascimento, o avanço sanitário na Europa tornou-se evidente, especialmente com o surgimento dos primeiros sistemas de esgoto. Em 1590, foi inventado um protótipo de sanitário com características semelhantes aos que usamos hoje, promovendo significativas melhorias na higiene.

No século XVII, enquanto o papel higiênico ainda não existia, as populações rurais recorriam a recursos naturais como espigas de milho para a limpeza pessoal, prática comum e amplamente difundida.

No Egito Antigo, a preocupação com a higiene e o controle de odores levou ao uso de soluções compostas por ingredientes exóticos, como ovos de avestruz, casco de tartaruga e gálbano de tamarisco, usados em receitas cosméticas que visavam combater o odor corporal.

A Roma Antiga também abrigava práticas peculiares de higiene bucal. Os romanos acreditavam que a amônia presente na urina ajudava a clarear os dentes, o que os levou a usar uma solução de enxágue à base de urina e leite de cabra. Embora essa prática possa soar estranha para os padrões atuais, ela ilustra a busca histórica pela higiene, que hoje nos faz apreciar o desenvolvimento das pastas dentais e dos profissionais de odontologia modernos.