Nos Estados Unidos, o Halloween é uma festa tão popular quanto o Carnaval em alguns países, com as pessoas caprichando nas fantasias e celebrando em festas animadas. Porém, as tradições atuais, com brincadeiras leves e doces, contrastam muito com as práticas sombrias do passado, que tinham um tom bem mais macabro e medonho.

Uma das brincadeiras antigas era o Snap-Apple, descrito em 1892 pelo The New York Times, onde uma maçã e uma vela acesa eram amarradas em uma vara pendurada no teto. As crianças tinham que tentar morder a maçã enquanto o bastão girava, correndo o risco de queimar a boca. Outro jogo perigoso era o Snapdragon, em que crianças tentavam pegar frutas secas ou objetos embrulhados em um prato de álcool em chamas.

No século 18, a prática do “doce ou travessura” como a conhecemos ainda não existia. Em vez de doces, as crianças escocesas ganhavam repolhos ao participarem de um jogo de campo vendadas. Além disso, uma “guloseima” comum incluía aveia com sal, usada até mesmo para proteger as crianças de fadas malignas ao ser esfregada em seus cabelos.

Já na época vitoriana, bolos de Halloween continham objetos como agulhas e dedais, representando o futuro da pessoa que o encontrava – um pedaço com agulha simbolizava a solteirice eterna. Os truques de Halloween antigos eram verdadeiros atos de vandalismo. Algumas brincadeiras incluíam enfiar repolhos pegando fogo nas fechaduras e soltar o gado dos vizinhos.

Enquanto hoje as fantasias são leves e divertidas, na Inglaterra vitoriana os trajes tinham um tom mais sombrio. Alguns adultos usavam crânios de cavalo em cajados e peles de animais, enquanto outros, na Irlanda, vestiam trajes de palha para cometer pequenos roubos. O famoso traje de fantasma, na época, também era usado por criminosos para aterrorizar ou até cometer crimes violentos. Essas práticas mostram o quanto o Halloween era uma festa de sustos reais, muito além do que vemos atualmente.