Veja; Golfinhos australianos usam toxina para ficarem chapados
Segundo documentário, pequenas quantidades da toxina teriam um efeito narcótico nos golfinhos, usando de baiacus para fins recreativos

Golfinhos são conhecidos por sua inteligência, simpatia e comportamento amigável, mas uma nova descoberta sugere uma característica curiosa: eles também parecem gostar de experiências incomuns, possivelmente até narcóticas. Pesquisadores da Universidade de Murdoch, na Austrália, observaram golfinhos jovens no estuário de Leschenault interagindo de uma maneira intrigante com baiacus, um tipo de peixe que contém uma poderosa toxina chamada tetrodotoxina.
A tetrodotoxina é uma neurotoxina muito potente, que pode ser fatal ao bloquear os impulsos nervosos de quem a ingere, principalmente seres-humanos. Para predadores, consumir baiacus em quantidades erradas é letal, mas em doses mínimas, pode provocar reações diferentes, inclusive um leve efeito anestésico.
No documentário Dolphins – Spy in the Pod, da BBC, foram capturadas cenas de golfinhos segurando baiacus na boca e os passando entre si. Os pesquisadores interpretam isso como uma possível forma de uso “recreativo”, em que os golfinhos se expõem a pequenas doses de toxina para provocar algum tipo de sensação semelhante ao estar “chapado” para nós.
Segundo o documentário, pequenas quantidades da toxina teriam um efeito narcótico, de modo que os golfinhos poderiam estar explorando o baiacu como uma substância recreativa. Esse comportamento lembra, em certa medida, um ritual social no qual cada golfinho experimenta um leve estado de dormência.
Na comunidade científica, no entanto, nem todos concordam que os golfinhos estejam buscando “ficar altos”. Alguns especialistas sugerem que a interação com a toxina do baiacu pode resultar apenas em uma sensação de dormência passageira, sem necessariamente criar uma sensação de euforia ou “altos” como ocorre com substâncias alucinógenas em humanos. Veja cenas do estudo abaixo: