O experimento que visa descobrir a real natureza humana é também o mais imoral e proibido; Conheça
Fato é, a ciência ilimitada é capaz de passar por cima de tudo e alcançar seus objetivos, mas é a limitação dela que faz com o objetivo seja um bem.

A ciência já nos proporcionou momentos desumanos marcados pela história de nossa civilização, tais erros, com pressupostos de não serem repetidos, são paralizados por um comitê de ética da ciência, visando o caráter humano e digno da pesquisa. Fato é, a ciência ilimitada é capaz de passar por cima de tudo e alcançar seus objetivos, mas é a limitação dela que faz com o objetivo seja um bem.
O conceito por trás do chamado “Experimento Proibido” sugere que, ao isolar uma criança de interações sociais e linguagem, seria possível desvendar a verdadeira natureza humana, separando o que nasce conosco do que é aprendido com o ambiente. No entanto, essa ideia é tão moralmente inaceitável que seria imediatamente recusada por qualquer comitê de ética moderno.
Em tempos passados, porém, quando a dignidade humana não era uma prioridade, alguns governantes e estudiosos decidiram realizar tentativas deste tipo de experimento, revelando mais sobre a brutalidade desses tempos do que sobre a natureza da mente humana.
A ideia central do experimento era criar uma criança sem contato com a fala ou com qualquer estímulo de linguagem, para investigar se a capacidade de comunicação e a compreensão das regras da linguagem seriam inatos ou puramente adquiridos. Em tese, o experimento poderia esclarecer como a humanidade se desenvolve a partir do isolamento completo, mas o preço dessa experiência é imensurável em termos éticos e humanos.
Uma das variações mais conhecidas dessa experiência envolve criar uma criança sem contato algum com a linguagem, na tentativa de entender se ela desenvolveria algum tipo de gramática ou estrutura linguística por conta própria. O raciocínio é que, caso isso ocorresse, a habilidade de linguagem teria uma base biológica inata. Embora essa ideia seja intrigante, ela se restringe aos campos da filosofia e da psicologia experimental, já que nenhum cientista sério tentaria colocar isso em prática.
Ainda assim, há registros de tentativas históricas com objetivos semelhantes. Heródoto, o “Pai da História”, relatou que o faraó Psamético I tentou descobrir qual era a primeira língua do mundo. Ele teria ordenado que dois bebês fossem entregues a um pastor que, sob ordens de nunca falar perto deles, cuidaria de sua alimentação e segurança.
Passados dois anos, as crianças teriam pronunciado a palavra “becos”, que significava “pão” em frígio, uma língua extinta da região da Anatólia. Psamético concluiu, então, que o frígio seria a língua original da humanidade. Embora a história seja interessante, ela também é questionável.