Liam Payne, ex-integrante da boy band britânica One Direction, faleceu aos 31 anos em 17 de outubro de 2024, após cair da varanda do terceiro andar do Hotel CasaSur Palermo, em Buenos Aires. A juíza Laura Bruniard concluiu que o cantor não perdeu o equilíbrio, como se pensava inicialmente, mas tentava sair do quarto pela varanda enquanto estava sob efeito de drogas. As informações são da Rolling Stone EUA.

Em uma decisão divulgada na segunda-feira, a magistrada revelou novas informações sobre o caso e atualizou as acusações contra cinco pessoas interrogadas. Roger Nores, amigo de Payne, e dois funcionários do hotel, Gilda Martin e Esteban Grassi, foram acusados de homicídio culposo por “imprudência e negligência” que resultaram na morte do cantor. Segundo Bruniard, “eles não planejaram ou desejaram a morte de Payne, mas criaram um risco legalmente reprovado.”

Nores, que assumiu a responsabilidade de cuidar de Payne em nome da família, deixou o hotel 50 minutos antes da queda, sem buscar ajuda médica, mesmo ciente do estado vulnerável do amigo. De acordo com a juíza, ele deveria ter consultado um médico em vez de confiar na capacidade dos funcionários do hotel de lidar com a situação.

Filmagens analisadas pela investigação mostram Payne sendo “arrastado” para o quarto no dia anterior ao acidente, quando estava visivelmente intoxicado. Bruniard afirmou que o alto nível de intoxicação do cantor “criou um risco legalmente reprovado para sua vida”. Payne morreu devido a traumas múltiplos e hemorragia interna após a queda, conforme o relatório pós-autópsia.

Outras duas pessoas, Ezequiel Pereyra e Braian Paiz, foram acusadas de vender cocaína ao cantor. Ambos enfrentam prisão preventiva, e se condenados, podem pegar de quatro a 15 anos de prisão. A investigação revelou que Payne pagou US$ 100 a Pereyra por drogas e enviou um carro para buscar mais cocaína. Quanto a Paiz, ele alegou que consumiu drogas junto com o cantor, mas negou ter sido pago para isso. Contudo, a juíza determinou que Payne pediu dinheiro na recepção enquanto Paiz estava no quarto, corroborando a acusação.

Os funcionários do hotel, Martin e Grassi, também foram responsabilizados por não tomarem medidas adequadas para proteger Payne. Segundo a magistrada, “a consciência de Payne estava alterada, e o correto era deixá-lo em um local seguro e com companhia até a chegada de um médico.” Apesar disso, Bruniard reconheceu que os funcionários não agiram de forma maliciosa, mas foram imprudentes.