O ícone do jornalismo, Cid Moreira, nos deixou na manhã desta quinta-feira (03/10), no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro. De acordo com a unidade médica, o locutor estava internado havia 29 dias e não resistiu. A causa da morte foi confirmada como “insuficiência renal crônica agudizada, distúrbio eletrolítico e falência múltipla de órgãos“.

O direito à memória nos obriga a não esquecer este rosto, que é, de longe, um dos mais conhecidos da televisão brasileira. Segundo o Memorial Globo, Cid Moreira apresentou o Jornal Nacional cerca de oito mil vezes, algo impensável até para os mais antigos da casa. Nascido em Taubaté, no Vale do Paraíba, em 1927, o jornalista completou aniversário no último domingo (29/09).

Com mais de 70 anos de carreira, a vida de Cid reúne momentos marcantes, não só para ele, mas para toda a história da televisão e do jornalismo brasileiros. Começando no rádio, migrando para comerciais e, finalmente, indo para a Rádio Bandeirantes, o rosto do JN se transferiu para o Rio de Janeiro, onde teve sua primeira experiência na televisão, apresentando comerciais ao vivo.

Em 1969, Cid Moreira foi para a Globo substituir Luís Jatobá no Jornal da Globo, que ia ao ar às 19h45. Na época, a emissora estava recém-lançando o Jornal Nacional, e Cid já havia conquistado prestígio suficiente para ser imediatamente escalado para o elenco. O primeiro telejornal transmitido em rede no Brasil não poderia ter feito escolha melhor para sua estreia. Até o momento, não há atualizações sobre a data do velório.