Em uma disputa judicial que veio à tona recentemente, a cantora Ana Castela enfrenta acusações de seu ex-investidor, Agesner Monteiro, que alega ter sido afastado ilegalmente da administração financeira da carreira da artista. Monteiro afirma que, apesar de possuir um contrato válido até abril de 2027, garantindo-lhe 20% dos lucros, foi excluído das participações em shows, royalties e contratos publicitários desde outubro de 2022, resultando em um prejuízo estimado em R$ 150 milhões.

O empresário destaca que seus investimentos foram cruciais para o sucesso de Ana Castela, incluindo a produção de “Boiadeira Remix” com DJ Lucas Beat e a colaboração com Melody no hit “Pipoco”, que liderou as paradas do Spotify Brasil por três meses consecutivos. Em áudios vazados, Monteiro expressa preocupação com a qualidade das apresentações de Ana, especialmente antes de um show em Barretos, São Paulo.

Ele sugere a criação de um novo cenário para a cantora, ao que Michele Castela, mãe de Ana, concorda e autoriza a iniciativa. Em uma das gravações, Monteiro comenta: “Eu vi o show dela, uma coisa meio que abandonada… Menina é o top 1, ela tá fazendo a parte dela, falei com o Rodrigo [pai da cantora], a gente vai interferir, mas não pra brigar, pra somar, pra ajudar. Vamos criar esse cenário.”

Michele responde: “Prepara o cenário da Ana. Quero ver quem vai passar por cima de mim. Quero ver quem vai brigar comigo (…) Alinha esse palco que precisa ajeitar e ajeita. No dia do pagamento desconta, pega nota fiscal. Vai ter que passar por cima de mim. Eu quero ver, manda vir falar comigo.”

Já em um áudio enviado por Ana Castela, a cantora elogia seu ex-empresário, amenizando a situação mas deixando claro que as coisas mudaram “Oh Agesner, lembra bem assim quando você levava eu lá nas festas e eu ficava com vergonha, né, de tirar foto e eu ficava sozinha porque ninguém me conhecia? Você não tá entendendo agora!”

Além da ação judicial para recuperar seus direitos, Monteiro denunciou Ana Castela, seus pais e empresários ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC-SP) por suspeitas de crimes como lavagem de dinheiro, estelionato, apropriação indébita, furto qualificado e organização criminosa. Ele alega que diversas empresas foram criadas para desviar recursos de forma ilícita. Até o momento, a equipe de Ana Castela não se pronunciou oficialmente sobre as acusações.