​Diante do declínio global das populações de abelhas — essenciais para a polinização de aproximadamente 80% das culturas agrícolas — cientistas e engenheiros têm desenvolvido alternativas tecnológicas para suprir essa lacuna.

Uma dessas inovações é o microrrobô voador criado por pesquisadores da Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos. Com apenas 9,4 mm de largura e pesando cerca de 21 mg, o dispositivo é capaz de pairar no ar e se mover em diferentes direções, mimetizando o voo das abelhas. Sua propulsão é baseada em ímãs de neodímio e campos magnéticos que acionam uma hélice de quatro pás.​

Embora ainda em fase experimental, com testes limitados a ambientes laboratoriais, os pesquisadores vislumbram aplicações futuras em áreas como resgates em locais de difícil acesso e, principalmente, na polinização artificial de plantas. O próximo desafio é incorporar sensores que permitam ao robô manter um voo estável mesmo sob condições adversas, como rajadas de vento.​

Paralelamente, outras iniciativas têm explorado soluções similares. A empresa israelense BloomX desenvolveu os robôs Robee e Crossbee, que já estão em uso em países como Israel, Estados Unidos e México. O Robee utiliza braços mecânicos para agitar as plantas e liberar o pólen, enquanto o Crossbee coleta o pólen de uma planta e o transfere para outra, ambos controlados por algoritmos de inteligência artificial que determinam o momento ideal para a polinização.