​A comediante Juliana Oliveira, conhecida por sua atuação como assistente de palco no programa The Noite, prestou depoimento na tarde de quarta-feira (23) no 7º Distrito Policial de Osasco, São Paulo, no qual relatou que outras duas mulheres a procuraram afirmando terem sido vítimas de condutas semelhantes por parte do apresentador Otávio Mesquita. Essas informações foram compartilhadas com as autoridades durante o inquérito que investiga a acusação de estupro feita por Juliana contra Mesquita, referente a um episódio ocorrido em 2016 durante as gravações do programa no SBT.

De acordo com a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, o advogado de Otávio Mesquita, Roberto Campanella, declarou que a defesa do apresentador não foi notificada oficialmente sobre quaisquer novos depoimentos ou denúncias envolvendo terceiros. Campanella ressaltou que, até o momento, não há registros formais adicionais no inquérito além da acusação feita por Juliana Oliveira.

O caso ganhou notoriedade após a divulgação de um vídeo da gravação, no qual Mesquita aparece tocando partes íntimas de Juliana sem consentimento e simulando atos sexuais, enquanto ela tenta se desvencilhar. A defesa de Juliana alega que o comportamento do apresentador configura estupro, mesmo sem penetração, conforme jurisprudência atual.

Em resposta, Otávio Mesquita nega as acusações, afirmando que a cena foi uma “brincadeira combinada” com a equipe do programa e que não houve protestos na época da gravação. Ele também ingressou com uma ação por danos morais contra Juliana, solicitando indenização de R$ 50 mil, valor que, segundo ele, será destinado a uma ONG de apoio a mulheres vítimas de violência.

O inquérito segue em andamento, com a Polícia Civil de São Paulo realizando diligências para esclarecer os fatos. O Ministério Público aguarda a conclusão das investigações para decidir sobre o oferecimento de denúncia formal contra Otávio Mesquita. ​