​A celebração dos 60 anos da TV Globo, realizada no último sábado (26), entregou homenagens e conteúdos especiais. No entanto, algumas figuras emblemáticas da emissora não participaram das festividades devido a desentendimentos judiciais e contratuais com a empresa. Quatro atrizes, em particular, foram notavelmente ausentes: Carolina Ferraz, Maitê Proença, Maria Zilda Bethlem e Sônia Braga.​

Carolina Ferraz: Disputa Trabalhista de R$ 7 Milhões

Carolina Ferraz, após 27 anos de colaboração com a Globo, não teve seu contrato renovado em 2017. Sentindo-se lesada por não ter seus direitos trabalhistas reconhecidos sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), a atriz moveu uma ação judicial contra a emissora, reivindicando R$ 7 milhões em indenizações. Em agosto de 2024, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu contra Carolina, negando o reconhecimento do vínculo empregatício. Desde então, ela não participou de produções ou eventos da Globo.

Maitê Proença: Indenização Reivindicada Após 37 Anos de Casa

Maitê Proença, com uma trajetória de 37 anos na Globo, foi surpreendida ao descobrir pela imprensa que seu contrato não seria renovado em 2016. Sentindo-se desrespeitada, a atriz ingressou com uma ação judicial contra a emissora, solicitando R$ 500 mil por direitos trabalhistas não pagos. A primeira audiência ocorreu em julho de 2018, e o processo segue em andamento sob segredo de Justiça.

Maria Zilda Bethlem: Reivindicação por Reprises de Novelas

Maria Zilda Bethlem, conhecida por seus papéis marcantes nas décadas de 1980 e 1990, expressou publicamente sua insatisfação com os valores recebidos pelas reprises de suas novelas. Em 2020, ao comentar sobre a reexibição de “Selva de Pedra” (1986) no canal Viva, revelou ter recebido apenas R$ 237,40. A atriz então moveu uma ação judicial contra a Globo, buscando uma revisão nos pagamentos por reprises, alegando que os contratos antigos não previam cláusulas específicas para essas situações.

Sônia Braga: Direitos Autorais em Debate

Sônia Braga, estrela de novelas icônicas como “Gabriela” (1975) e “Dancin’ Days” (1978), entrou com uma ação judicial contra a Globo em 2014. A atriz reivindicava o pagamento de direitos autorais pela reexibição de “Dancin’ Days” no canal Viva, argumentando que não foi consultada nem remunerada adequadamente pela reprise. A ação foi movida na 10ª Vara Cível do Rio de Janeiro.