João Doria abandona programa no SBT após pergunta íntima: ‘Mau gosto’
A pergunta relembrava uma polêmica de 2018, quando imagens circulavam associando Doria a uma orgia.

O empresário, apresentador e ex-governador de São Paulo João Doria deixou a gravação do programa “No Alvo”, do SBT, na manhã de 25 de maio, após se desentender com perguntas de teor íntimo. Convidado para um dos primeiros episódios da atração, ainda sem data de estreia definida, ele se irritou quando foi questionado sobre uma suposta participação em uma orgia em 2018, durante a campanha eleitoral ao governo estadual, e classificou a abordagem como “de mau gosto”.
Segundo apurou o colunista Flávio Ricco, Doria considerou a pergunta “inconveniente” e, diante da insistência dos entrevistadores, optou por encerrar sua participação. A produção tentou intervir, mas não foi possível convencê-lo a permanecer no palco.
Procurado por Ricco, Doria justificou sua saída afirmando ter aceitado o convite por respeito ao SBT e ao apresentador Silvio Santos, mas que percebeu o tom da entrevista como um “tribunal de inquisição”. Em nota, declarou que “a atração agiu com extremo mau gosto” ao trazer à tona uma acusação que já havia sido considerada fake news pelas polícias Civil e Federal .
Em entrevista à Folha de S.Paulo, o ex-prefeito de São Paulo relatou ter passado por “o maior constrangimento” de sua vida. Segundo ele, a pergunta que mencionava um vídeo íntimo e ainda incluía questionamento sobre a esposa foi o estopim: “Colocar a minha esposa no meio achei bastante desrespeitoso e desleal”, reclamou .
A polêmica sobre o vídeo remonta a outubro de 2018, quando imagens circulavam associando Doria a uma orgia. Na ocasião, ele negou a veracidade das cenas e encomendou laudos que apontaram montagem. Em março de 2022, a Polícia Federal concluiu que o vídeo não apresentava sinais de adulteração, mencionando condições técnicas desfavoráveis ao exame e abrindo especulações sobre sua autenticidade. Doria então classificou o ressurgimento do caso como uma articulação política para prejudicar sua pré-candidatura presidencial.