Família de Preta Gil se nega a atender último pedido da cantora; entenda
A decisão de não realizar o cortejo se deu pela complexidade de organizar um evento de grande porte em espaço público com tão pouco tempo

A morte da cantora Preta Gil, aos 49 anos, provocou comoção nacional e mobilizou uma extensa rede de homenagens e despedidas. No entanto, um dos últimos desejos da artista acabou não se concretizando, o que gerou boatos e informações desencontradas nas redes sociais. Um deles dizia respeito à realização de um cortejo com trio elétrico pelas ruas do Rio de Janeiro, algo que teria sido vetado pela Prefeitura.
A administração municipal, no entanto, negou categoricamente qualquer impedimento ao plano e classificou as informações como falsas. Em nota à imprensa, a assessoria do órgão afirmou estar oferecendo todo o suporte necessário à família da cantora na organização do funeral.
Os rumores, por sua vez, começaram na quarta-feira (23), após a equipe da artista anunciar que o uso do trio elétrico, parte dos desejos manifestados por Preta em vida, não ocorreria mais. A ausência do tradicional cortejo gerou especulações sobre possíveis proibições por parte do poder público, o que foi prontamente desmentido. De acordo com a colunista Fábia Oliveira, a própria Prefeitura do Rio reiterou que jamais impôs restrições e que tem atuado ao lado dos familiares para viabilizar uma despedida à altura da importância de Preta Gil na cultura brasileira.
Segundo fontes próximas à família e apurações da imprensa a decisão de não realizar o cortejo se deu pela complexidade de organizar um evento de grande porte em espaço público com tão pouco tempo, especialmente considerando o impacto viário que um trio elétrico causaria na região central da cidade. Além disso, o luto da família e o desejo por uma cerimônia mais íntima e controlada pesaram na escolha.
Outro fator relevante é que a despedida ocorrerá no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, um espaço solene, fechado e tradicional, o que por si só limita a possibilidade de um cortejo de rua com estrutura carnavalesca. O próprio planejamento da cerimônia, que será breve (das 9h às 13h) e seguida de cremação, também contribuiu para a inviabilidade da homenagem com trio elétrico.
Portanto, não houve veto por parte do poder público, mas sim uma decisão conjunta entre família e equipe, que optaram por uma despedida mais adequada ao momento delicado. A cerimônia de despedida está marcada para a próxima sexta-feira (25), no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, um dos espaços mais simbólicos da cidade e escolhido pela própria cantora para seu velório. O evento será aberto ao público entre 9h e 13h, e posteriormente o corpo será cremado, conforme desejo registrado pela artista em vida.