Padre Danilo César, pároco da cidade de Areial, no interior da Paraíba, provocou revolta generalizada após declarações feitas durante a missa de domingo, 27 de julho de 2025. Ao citar a morte da cantora Preta Gil, ocorrida em 20 de julho nos Estados Unidos por câncer colorretal, o sacerdote disparou ironias contra as religiões de matriz africana, afirmando: “Gilberto Gil fez uma oração aos orixás, cadê esses orixás que não ressuscitaram Preta Gil? Já enterraram?” Essas falas levaram a acusações de intolerância e racismo religioso.

O discurso continuou com ataques aos católicos que recorrem a supostas “forças ocultas”: o padre declarou esperar que “o diabo viesse e levasse” essas pessoas, dizendo que, ao acordarem no inferno, não saberiam o que fazer. Ele classificou os orixás como “entidades desconhecidas que têm vários nomes” e alertou que seguir essas crenças seria equivalente a “comungar com brasa”.

As declarações foram gravadas e, posteriormente, removidas do canal da Paróquia no YouTube, e o perfil do sacerdote nas redes sociais saiu do ar. Apesar disso, os vídeos continuaram viralizando nas redes sociais e repercutindo amplamente. Em resposta, a Associação Cultural de Umbanda, Candomblé e Jurema Mãe Anália Maria de Souza divulgou uma nota oficial.

O comunicado afirma que “Deus é amor e respeito ao próximo”, e acusa o padre de pregar ódio, preconceito e medo durante o culto católico. A entidade entrou com um boletim de ocorrência na Polícia Civil da Paraíba e pretende denunciar o caso ao Ministério Público por intolerância religiosa.

Nas redes sociais, internautas também criticaram o padre com indignação. Um comentário refletiu o sentimento de muitos ao afirmar: “Nessas horas que desejo tanto que Deus realmente exista, pra cobrar dessa gente todo o mal que fazem em Seu nome.” Outra reação foi mais direta: “Que gente cretina é essa? Não basta a família estar sofrendo a dor da perda, tem ainda que lidar com essa gente intolerante?”