A advogada Larissa Ferrari fez revelações impactantes sobre o relacionamento extraconjugal que manteve com o jogador francês Dimitri Payet, ex-atleta do Vasco da Gama. Em entrevista à colunista Fábia Oliveira, ela contou que engravidou do jogador no início deste ano, mas acabou sofrendo um aborto espontâneo, que, segundo afirma, teria sido consequência das agressões físicas e psicológicas que sofreu durante a relação.

Larissa disse ter descoberto a gestação em fevereiro, período em que já não se relacionava com outras pessoas e mantinha relações sexuais desprotegidas com o atleta. Ela relatou que começou a apresentar sangramentos e mal-estar no fim de janeiro, mas inicialmente não associou os sintomas à gravidez. No dia 6 de fevereiro, revelou ter recebido ameaças de morte de Payet e, no dia seguinte, seu estado de saúde se agravou.

Ao confirmar a gestação, descreveu um turbilhão de sentimentos, entre a felicidade pela notícia e o medo constante que sentia. Segundo a advogada, o temor de ser morta a fez esconder a gravidez até mesmo do jogador. Com a continuidade das agressões, um episódio de sangramento intenso durante uma relação teria culminado na perda do bebê. “Eu queria me sentir feliz, mas me sentia com medo. Tive a sensação de que seria a próxima Eliza Samudio”, afirmou.

Apesar de confessar que nutria sentimentos por Payet, Larissa disse que hoje se culpa por ter permitido que a situação chegasse a esse ponto. Ela afirma ter decidido tornar o caso público para encerrar definitivamente o vínculo com o francês, que, segundo ela, desconhecia a gestação. O caso já está na Justiça: em julho, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro aceitou a denúncia do Ministério Público, tornando Payet réu por violência psicológica.

O jogador é acusado de submeter Larissa a humilhações, manipulação, insultos e atos degradantes, incluindo um episódio em que teria obrigado a vítima a lamber um vaso sanitário. A decisão do juiz Alexandre Abrahão Dias Teixeira, do VII Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, levou em conta os danos emocionais e as práticas descritas na denúncia. Payet, que atualmente defende o Vasco, ainda não se manifestou publicamente sobre as novas acusações.