A Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara dos Deputados protocolou um pedido formal para que seja aberta uma investigação criminal contra o influenciador digital Hytalo Santos, acusado de sexualizar menores de idade em conteúdos publicados nas redes sociais.

O requerimento, assinado pelo presidente do colegiado, deputado Reimont (PT-RJ), solicita que, caso seja constatado risco contínuo à integridade física e psicológica de crianças e adolescentes, seja avaliada a possibilidade de decretação de prisão preventiva, com o objetivo de impedir a repetição de condutas semelhantes.

O documento também recomenda que as investigações sejam ampliadas para apurar a atuação de outros influenciadores que possam estar envolvidos em práticas do mesmo tipo, com o envio de relatórios preliminares ao Ministério Público, conselhos tutelares e demais órgãos de proteção infantil. A mobilização parlamentar ganhou força após a repercussão de um vídeo publicado por Felca, influenciador que soma cerca de 13 milhões de seguidores no YouTube e Instagram.

Na gravação, ele acusa Hytalo Santos de criar conteúdos que sexualizariam crianças e adolescentes, atraindo o interesse de homens adultos com esse tipo de inclinação. Felca classificou o trabalho do investigado como “nefasto” e um “circo macabro”, alegando que a chamada “adultização” das crianças seria usada como estratégia para gerar engajamento e lucro.

Ele também citou o caso de Kamylinha, que teria ingressado na “Turma do Hytalo” aos 12 anos e, com o passar do tempo, conquistado mais visibilidade, aumentando o alcance e as visualizações do grupo. O caso, agora no radar da Câmara, deve ser acompanhado de perto pelos órgãos de fiscalização e proteção infantil.