Policiais que atuavam na proteção de Hytalo Santos são presos
Entre os militares detidos, alguns atuavam em “bicos” como seguranças informais do influenciador digital Hytalo Santos.

Na manhã desta segunda-feira, 18 de agosto de 2025, o Ministério Público da Paraíba deflagrou a Operação Arcus Pontis, que resultou na prisão de cinco policiais militares suspeitos de envolvimento em uma chacina ocorrida em fevereiro deste ano na Ponte do Arco, em Conde, no Litoral Sul da Paraíba.
A ação foi coordenada pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) e contou com apoio da Polícia Civil, da Corregedoria da PM e do Núcleo de Gestão do Conhecimento, mobilizando 72 agentes ao todo. A Justiça expediu seis mandados de prisão temporária e seis de busca e apreensão, todos cumpridos durante a ofensiva.
Segundo as investigações, a chacina aconteceu em 15 de fevereiro, quando quatro homens armados, em um carro, abriram fogo contra um grupo de pessoas que participava de uma confraternização. Cinco vítimas foram assassinadas no local, e há indícios de que o crime esteja ligado a disputas relacionadas ao tráfico de drogas na região, já que algumas das pessoas mortas tinham antecedentes criminais.
As prisões têm como objetivo aprofundar as apurações sobre a autoria do massacre e eventuais conexões dos policiais com atividades ilícitas fora da corporação. Entre os militares detidos, alguns atuavam em “bicos” como seguranças informais do influenciador digital Hytalo Santos, preso em São Paulo na semana anterior, acusado de exploração sexual de menores e de produzir conteúdo que expõe crianças à adultização.
Apesar dessa coincidência, o Ministério Público esclareceu que não há qualquer relação entre a operação e o processo criminal que envolve o influenciador. O nome de Hytalo surgiu apenas porque parte dos agentes presos prestava serviços paralelos em sua segurança pessoal, sem autorização da corporação.