O influenciador digital Hytalo Santos foi autorizado pela Justiça a conceder uma entrevista à Record, a ser conduzida pelo jornalista investigativo Roberto Cabrini, como confirmou a colunista Fábia Oliveira do Metrópoles.

A decisão partiu do juiz Antonio Rudimacy Firmino de Sousa, que ressaltou a necessidade de cumprir as normas do presídio onde Hytalo está detido e adotar todas as “cautelas de estilo como medida de segurança” durante a gravação. No documento enviado pela emissora, a entrevista é considerada de grande relevância jornalística, pois seria fundamental para assegurar imparcialidade ao relato do caso.

Desde sua prisão, na sexta-feira, 15 de agosto, Hytalo Santos e o marido, Israel Nata Vicente, permanecem detidos em São Paulo. Todos os pedidos de habeas corpus foram negados, e o STJ também manteve a ordem de prisão preventiva, diante da gravidade das acusações, que envolvem exploração sexual e econômica de menores, além de produção de conteúdo com adolescentes.

Após a detenção, o casal foi transferido da cadeia pública de Carapicuíba para o Centro de Detenção Provisória de Pinheiros, na zona oeste da capital paulista, em meio a imagens fortes que mostraram Hytalo chorando ao ser conduzido. Um pedido para que ficassem temporariamente na Penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo, foi negado pela Justiça, que destacou que os detentos não têm o direito de escolher a unidade prisional.

O caso ganhou notoriedade nacional após o influenciador Felipe Bressamin, conhecido como Felca, divulgar um vídeo com o título “adultização”, que alcançou mais de 45 milhões de visualizações em apenas dez dias. Nesse conteúdo, Felca denunciou a exploração de menores em plataformas online e incluiu Hytalo entre os casos investigados. Após isso, os perfis do influenciador foram desativados, seus conteúdos com menores foram desmonetizados e ele teve proibido o contato com os adolescentes envolvidos nos processos.

Com a autorização judicial para conceder seu depoimento à Record, Hytalo terá a chance de apresentar sua versão em rede nacional, dentro dos limites impostos pela Justiça.