Michelle Bolsonaro declarou, em entrevista ao jornal britânico The Telegraph divulgada em 24 de setembro de 2025, que considera a possibilidade de disputar as eleições de 2026, caso seja necessário, para defender os valores conservadores, a “verdade e a justiça”. Ela afirmou que “se for para cumprir a vontade de Deus”, estará pronta para lançar uma candidatura política.

Na conversa com o The Telegraph, Michelle também criticou o julgamento da Primeira Turma do STF que resultou na condenação de seu marido, Jair Bolsonaro, a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado, chamando o processo de “farsa judicial” e acusando-o de “perseguição covarde”. Ela também apontou óbices legais, dizendo que em “um país verdadeiramente democrático” aquela ação penal “seria nula desde o início” e alegou que houve violações ao devido processo legal.

Embora Michelle não tenha especificado para qual cargo pretende concorrer, ela é cotada para disputar o Senado pelo Distrito Federal ou até mesmo à Presidência da República. Também há pesquisas recentes mostrando que, em cenários hipotéticos em que Jair Bolsonaro continue inelegível, Michelle aparece com desempenho melhor do que seus filhos nas simulações de segundo turno contra Lula.

Vale lembrar que a fala de Michelle acontece em um contexto de forte incerteza política para Jair Bolsonaro, que foi declarado inelegível a partir de decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e cuja condenação pelo STF agrava esse cenário. Michelle também responsabilizou o governo de Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Alexandre de Moraes pelas sanções que o Brasil sofreu dos EUA, afirmando que essas consequências são resultado direto das ações do governo federal e do STF.