Diego Hypólito expõe abusos sofridos pela irmã no ginásio: ‘Bebeu água do vaso’
Além do lado psicológico, os irmãos também destacaram o preço físico cobrado pela ginástica de alto rendimento.

Os ex-ginastas e irmãos Daniele e Diego Hypólito trouxeram à tona lembranças dolorosas da época em que competiam profissionalmente. Durante entrevista ao podcast Na Palma da Mari, nesta quinta-feira (2), eles falaram sobre a pressão, a cobrança e as situações de abuso psicológico que viveram dentro dos ginásios.
Daniele relatou que enfrentava, além das exigências físicas, uma cobrança constante relacionada ao peso e à alimentação. Segundo ela, havia até episódios de exclusão por parte de pessoas do próprio ambiente esportivo. “Eu tive outras experiências que ele (Diego) não passou, de questão de não poder comer, de questão do peso. Todas essas outras cobranças… muitas vezes, tinha as pessoas do próprio ginásio me excluindo por algumas coisas”, revelou.
Diego, que acompanhou de perto a trajetória da irmã, trouxe à tona um episódio ainda mais chocante. Ele afirmou que, em determinado momento da carreira de Daniele, algumas colegas a humilharam ao oferecer água retirada do vaso sanitário. “Em um período da carreira dela, a Dani teve uma das atletas que se diziam companheiras, mas que deram água do vaso para ela tomar. Ela só descobriu isso anos depois”, contou o ex-atleta e ex-BBB, em tom de indignação.
Além do lado psicológico, os irmãos também destacaram o preço físico cobrado pela ginástica de alto rendimento. Diego revelou ter passado por 11 cirurgias ao longo da carreira, enquanto Daniele contabiliza entre quatro e cinco procedimentos. “Isso deixa um corpo muito debilitado. A ginástica é um esporte que exige demais do físico e da mente”, desabafou.
Mesmo diante das memórias difíceis, Diego reconheceu que o cenário da ginástica artística vem mudando. Ele destacou que, na geração deles, atletas eram submetidos a pesagens diárias e tinham até restrições de água, práticas hoje consideradas abusivas. “Na nossa geração, as meninas eram pesadas duas vezes por dia, não podiam beber água. Hoje é diferente. Existe uma equipe multidisciplinar que define em conjunto com o atleta até onde ele vai”, pontuou.