Muitas pessoas sentem que o tempo parece estar voando à medida que envelhecem, uma sensação que normalmente não ocorre durante a infância e adolescência. Uma pesquisa conduzida na Alemanha com 500 voluntários, com idades entre 14 e 94 anos, revelou que tanto jovens quanto idosos têm percepções semelhantes em relação à passagem do tempo em períodos curtos, como uma semana, um mês ou até mesmo um ano.

No entanto, quando o foco é em períodos mais longos, como uma década, os participantes mais velhos sentiam que o tempo havia passado de forma mais acelerada. Indivíduos com mais de 40 anos relataram com frequência que o tempo parecia se arrastar durante a infância, mas acelerou conforme entraram na vida adulta.

Esse fenômeno pode ser explicado por alguns fatores bem documentados. Quando vivenciamos algo novo, o tempo parece passar mais depressa durante o evento, mas ao relembrar, a experiência parece ter durado mais do que situações repetitivas. Isso ocorre porque o cérebro dá prioridade a novas experiências, enquanto atividades rotineiras são processadas de maneira menos detalhada.

Como resultado, ao lembrar de um período, a quantidade de novas experiências que tivemos influencia nossa percepção de sua duração. Por exemplo, férias cheias de atividades diferentes parecem, em retrospecto, mais longas do que aquelas mais tranquilas.

Durante a infância e adolescência, somos expostos a muitas novidades e aprendizados, o que faz com que essa fase da vida pareça mais longa ao ser recordada. Já na vida adulta, onde a rotina tende a dominar, o tempo parece acelerar. No entanto, adultos que buscam constantemente novas experiências podem olhar para trás, anos depois, e perceber que o tempo não passou tão rapidamente quanto outros costumam afirmar.