Bebê morre em parto prematuro dentro de avião
A polícia do aeroporto de Incheon iniciou uma investigação para esclarecer as circunstâncias do nascimento e da morte do bebê.

Na madrugada de domingo, 1º de junho de 2025, um bebê prematuro faleceu após nascer a bordo de um voo da companhia sul-coreana Jeju Air, que partiu de Clark, nas Filipinas, com destino ao Aeroporto Internacional de Incheon, na Coreia do Sul. A mãe, uma cidadã filipina na casa dos 30 anos, estava entre a 23ª e a 25ª semana de gestação quando entrou em trabalho de parto durante o voo. Apesar dos esforços da tripulação, o recém-nascido não apresentava sinais vitais ao desembarcar e teve o óbito confirmado em um hospital próximo ao aeroporto.
De acordo com informações da agência sul-coreana Yonhap, a passageira viajava acompanhada do marido, da sogra e de uma filha. A Jeju Air informou que não foi notificada previamente sobre a gravidez da passageira, o que impossibilitou a preparação para uma emergência médica a bordo. Segundo as diretrizes da companhia, gestantes com menos de 32 semanas de gestação podem embarcar sem restrições.
A polícia do aeroporto de Incheon iniciou uma investigação para esclarecer as circunstâncias do nascimento e da morte do bebê. Conforme o direito internacional, como o voo era operado por uma empresa sul-coreana, as autoridades do país têm jurisdição sobre o caso.
Embora partos durante voos comerciais sejam raros, eles já foram registrados anteriormente. Um estudo da Sociedade Internacional de Medicina de Viagem apontou que, entre 1929 e 2018, ocorreram 74 nascimentos em voos comerciais, com 71 bebês sobrevivendo. Especialistas recomendam que gestantes consultem seus médicos antes de viajar e informem as companhias aéreas sobre a gravidez, especialmente em casos de gestações avançadas ou de alto risco.
Este incidente ocorre em um momento delicado para a Jeju Air, que recentemente enfrentou seu pior desastre aéreo. Em 29 de dezembro de 2024, o voo 2216 da companhia caiu durante o pouso no Aeroporto Internacional de Muan, na Coreia do Sul, resultando na morte de 179 pessoas. As investigações preliminares apontam que uma colisão com aves pode ter causado falha no trem de pouso, levando a um pouso de emergência e subsequente incêndio. O acidente levou a uma reavaliação das medidas de segurança nos aeroportos sul-coreanos, incluindo a instalação de sistemas de detecção de aves e revisão das estruturas nas áreas de pouso.