Cientistas da Universidade da Califórnia, em Berkeley, anunciaram a descoberta de uma nova cor, denominada “olo“, que, segundo eles, jamais havia sido percebida pelo olho humano. Utilizando uma técnica inovadora chamada Oz, os pesquisadores estimularam diretamente os cones M da retina — responsáveis pela percepção de comprimentos de onda médios, como o verde — sem ativar os cones S (azul) ou L (vermelho).

Essa estimulação seletiva resultou na percepção de uma cor descrita como um azul-esverdeado de saturação intensa, diferente de qualquer tonalidade conhecida. Apesar do entusiasmo, alguns especialistas questionam se “olo” é realmente uma nova cor ou apenas uma variação intensificada de tons existentes. John Barbur, professor do King’s College London, argumenta que a experiência tem “valor limitado” e que a cor percebida pode ser explicada pela estimulação específica dos cones M.

Inspirado pela descoberta, o artista britânico Stuart Semple criou uma tinta chamada “yolo“, baseada na tonalidade “olo”. Semple, conhecido por desenvolver pigmentos exclusivos, utilizou uma combinação de pigmentos e agentes fluorescentes para replicar a cor. Ele defende que as cores devem ser acessíveis a todos e critica a monopolização de pigmentos por corporações.

Embora a tinta “yolo” não reproduza exatamente a experiência visual induzida pela técnica Oz, ela oferece uma aproximação da nova tonalidade descoberta, permitindo que artistas e entusiastas explorem essa cor inédita em suas criações.​