Cientistas ressussitam lobo de ‘Game of Thrones’ em laboratório
Outros cientistas criticaram o impacto ambiental imprevisível que a reintrodução desses predadores poderia causar.

A empresa Colossal Biosciences anunciou o nascimento de três filhotes de lobo cinzento com genes de Lobo Terrível — espécie extinta há cerca de 13 mil anos e retratada no romance de George R. R. Martin, “As Crônicas de Gelo e Fogo” e que mais tarde virou série “Game of Thrones“. A notícia gerou repercussão mundial e reacendeu discussões sobre a ética da desextinção e os potenciais impactos ecológicos da reintrodução de espécies extintas.
Os filhotes foram batizados de Romulus, Remus e Khaleesi. Eles são o resultado de um sofisticado processo de edição genética no qual 20 genes de lobos cinzentos foram modificados para incorporar traços característicos dos lobos terríveis, como o grande porte e a pelagem branca e espessa. Os animais vivem atualmente em uma área de 2.000 acres no norte dos Estados Unidos.
A criação desses híbridos marca um avanço no projeto de reviver espécies extintas, algo que parecia restrito à ficção científica até poucos anos atrás. No entanto, a iniciativa não está isenta de controvérsias. Diversos cientistas e ambientalistas criticam o projeto, argumentando que os animais produzidos não são réplicas autênticas dos lobos terríveis, mas sim versões modificadas e adaptadas a um ambiente moderno completamente diferente daquele em que seus ancestrais viveram.
Outro ponto de preocupação é o impacto ambiental imprevisível que a reintrodução desses predadores poderia causar. Há temor de que a competição com lobos cinzentos nativos gere conflitos ecológicos, desequilibrando cadeias alimentares e afetando a biodiversidade local. Apesar das críticas, os defensores da desextinção ressaltam o potencial da tecnologia para a conservação de espécies ameaçadas.