Com 56°C, a cidade mais quente do mundo entra em clima extremo; veja
Em 10 de julho de 1913, a região registrou uma temperatura recorde de 56,7 °C, a mais alta já documentada na Terra.

O Brasil tem enfrentado temperaturas elevadas nas últimas semanas, com registros frequentemente acima de 30 °C e, em algumas regiões, ultrapassando os 40 °C. No entanto, esses valores são modestos se comparados aos locais mais quentes do planeta. De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM) e o Guinness World Records, o lugar habitado mais quente do mundo é o Vale da Morte, na Califórnia, Estados Unidos.
Em 10 de julho de 1913, a região registrou uma temperatura recorde de 56,7 °C, a mais alta já documentada na Terra. Atualmente, o Vale da Morte continua a experimentar temperaturas extremas. Em julho de 2024, o parque nacional registrou uma média diária de 42,5 °C, superando o recorde anterior de 42,3 °C de 2018. A temperatura mais alta desse mês foi de 54 °C, registrada em 7 de julho.
A geografia do Vale da Morte contribui para seu clima extremo. A região é cercada por montanhas que dificultam a circulação do ar, possui alta pressão atmosférica e recebe pouca precipitação. A combinação de sol intenso e baixa umidade faz com que o solo aqueça significativamente, elevando as temperaturas locais.
Embora o Vale da Morte seja o local habitado mais quente, medições de temperatura da superfície terrestre indicam que o Deserto de Lut, no Irã, e o Deserto de Sonora, na fronteira entre México e Estados Unidos, registraram temperaturas de superfície ainda mais elevadas. Em 2004 e 2005, o Deserto de Lut atingiu 70,7 °C, enquanto o Deserto de Sonora alcançou 80,8 °C.
No entanto, essas medições referem-se à temperatura do solo, que é geralmente superior à temperatura do ar e foram obtidas por sensores de satélite. Esses estudos nos colocam em verdadeiro estado de alerta quanto as mudanças climáticas bruscas e contínuas nas camadas polares que, consequentemente, interferem no clima do resto do planeta.