Já lhe ocorreu conversar com alguém e, no meio de um fluxo de pensamento, algo te escapar? Ou pior, você precisar usar uma palavra específica que resume boa parte do que quer dizer mas mesmo com esforço não conseguir lembrar? Esse tipo de esquecimento momentâneo é bastante comum e ocorre com todos em algum momento.

Segundo a neuropsicologia, essa interrupção do pensamento ocorre quando o cérebro abandona subitamente a linha de raciocínio em resposta a algo que julga inesperado ou relevante. Ele explica que o cérebro, ao identificar uma possível situação fora do esperado, interrompe o fluxo de ideias para concentrar-se na nova percepção, talvez como uma forma instintiva de proteção.

Esses lapsos de memória são normais e não indicam problemas maiores. Eles diferem dos esquecimentos que ocorrem em condições como Alzheimer ou outras demências, onde a qualidade de vida e a capacidade de comunicação são seriamente comprometidas. No caso dos lapsos, muita das vezes só indica algum desconforto no qual seu cerébro reconhece e não te permite dizer aquilo que você previamente já considera errado ou que será julgado por outros.

No entanto, sinais de alerta surgem quando esses esquecimentos vêm acompanhados de mudanças de humor abruptas, episódios depressivos frequentes ou esquecimentos recorrentes sobre tarefas simples, palavras comuns ou fatos importantes do dia a dia e tem uma maior chance de ocorrer em conversas com outras pessoas. Já tentou conversar sozinho? Talvez esses esquecimentos não surjam.

Para prevenir problemas de memória e fortalecer a capacidade de lembrar informações de curto prazo, são recomendadas atividades que estimulem o cérebro, como anotar lembretes em uma agenda, ler, praticar jogos de videogame, meditar, fazer exercícios físicos, tocar instrumentos musicais ou até acompanhar séries de televisão, se inserir em ambientes sociais fora da zona de conforto e experimentar diferentes relaçoes. Tais práticas estimulam seu cérebro a se habituar a uma organicidade maior de fluxos de pensamento.