Corantes liberados no Brasil já são proibidos em outros países; entenda
No Brasil, o uso da eritrosina ainda é permitido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Em 15 de janeiro de 2025, a Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos anunciou a revogação da autorização para o uso do corante sintético FD&C Red No. 3 (eritrosina) em alimentos e medicamentos ingeridos, com base na Cláusula Delaney da Lei Federal de Alimentos, Medicamentos e Cosméticos (FD&C Act).
Essa decisão foi motivada por estudos que demonstraram a indução de câncer em ratos machos expostos a altos níveis do corante, embora o mecanismo observado nesses animais não ocorra em humanos. A FDA estabeleceu prazos para que os fabricantes se adequem: até 15 de janeiro de 2027 para alimentos e até 18 de janeiro de 2028 para medicamentos ingeridos.
No Brasil, o uso da eritrosina ainda é permitido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A substância pode ser encontrada em alimentos como granulados, balas, gelatinas, entre outros. Em nota, a Anvisa informou que está ciente da decisão da FDA e que estudará as referências científicas apresentadas para verificar a necessidade de uma reavaliação.
A eritrosina é um corante muito utilizado em diversos produtos, incluindo doces, “carnes” veganas, coberturas, salsichas, algodão-doce, cereais, biscoitos, bolos, granulados coloridos, bebidas com sabor de morango, chicletes, vitaminas gomosas, misturas para purê de batatas e certos medicamentos. O Red No. 3 pode também estar ligado ao transtorno de hiperatividade e déficit de atenção (TDAH) em pessoas mais sensíveis, além de reações alérgicas e outros problemas de saúde.