Em agosto deste ano, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos trouxe uma novidade importante: agora, os médicos são orientados a conversar com suas pacientes sobre maneiras de aliviar dor e desconforto durante procedimentos médicos. Uma notícia que reflete cuidado e atenção, especialmente para quem está considerando o uso do DIU.

O DIU é um pequeno dispositivo em formato de T, feito de plástico, aliado na prevenção da gravidez. Ele é inserido no útero, onde se acomoda tranquilamente, com suas hastes posicionadas na entrada das trompas, liberando substâncias que evitam a fertilização.

Existem dois tipos principais de DIU, cada um com sua mágica própria:

  • DIU de cobre (não hormonal): Feito de um material que cria um ambiente hostil para os espermatozoides, esse modelo está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS).
  • DIU hormonal: Contém progesterona, um hormônio que altera as condições do útero para impedir a fecundação e ainda pode reduzir o fluxo menstrual. Esse modelo dura entre cinco e dez anos, dependendo da marca. Ah, e o formato do dispositivo também dificulta a fertilização do óvulo – um verdadeiro trabalho em equipe!

O processo de inserção do DIU é mais simples do que parece. Primeiro, o médico usa um espéculo para afastar as paredes da vagina. Depois, com delicadeza, alinha e segura o colo do útero para garantir que o dispositivo será posicionado corretamente. Com uma sonda, mede o tamanho do útero e insere o DIU com a ajuda de um aplicador. No final, corta os fios do dispositivo, deixando uma pontinha visível para facilitar a futura remoção. O procedimento acontece em cerca de 30 minutos.

Estudos mostram que mulheres que já tiveram parto vaginal costumam sentir menos dor, enquanto aquelas sem filhos podem experimentar um incômodo maior, como cólicas leves ou moderadas. E, para quem prefere evitar qualquer desconforto, o procedimento pode ser feito com sedação – mais conforto, menos preocupação!

Além de ser eficaz em 99% dos casos, o DIU oferece benefícios extras. O modelo hormonal pode reduzir ou até eliminar o sangramento menstrual. Já o DIU de cobre, embora não interfira no ciclo hormonal, pode aumentar levemente o fluxo menstrual. Porém, um ponto importante: nenhum DIU protege contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como o HIV. Por isso, a dupla infalível – DIU e preservativo – continua sendo a melhor estratégia para saúde e segurança.

E tem mais: mesmo mulheres que nunca engravidaram podem usar o DIU! “A maioria das falhas acontece por mau posicionamento, mas visitas regulares ao ginecologista e a avaliação por ultrassom são suficientes para evitar esse problema”, explica a ginecologista e obstetra Rita Sanchez.

Seja você uma iniciante no mundo do DIU ou alguém buscando mais informações, este método é uma das opções mais práticas, seguras e de longa duração para quem quer evitar a gravidez sem abrir mão de qualidade de vida. Com orientação médica e os cuidados certos, o DIU pode ser a escolha ideal para o seu planejamento familiar.