A meningoencefalite amebiana primária (PAM) é uma infecção causada por um minúsculo organismo encontrado em águas doces quentes e em piscinas com manutenção precária e exposição ao sol. Trata-se de uma ameba, um patógeno oportunista que infecta seres humanos pelo nariz, o Naegleria fowleri, causando inflamação e destruindo o tecido cerebral de suas vítimas.
Atualmente cerca de doze pessoas estão em tratamento na Índia, e casos podem existir no Brasil, mesmo sem diagnóstico. Embora ainda rara, a PAM é uma infecção mortal e universal, podendo ser encontrada em qualquer país com as condições descritas. Até o momento, 39 países já relataram casos de infecção, e o número vem aumentando. A taxa atual já aponta para 4,5% de novos casos ao ano.
Uma das causas do aumento está estreitamente relacionada às mudanças climáticas, que aumentam o risco de infecções em países ainda sem registros do patógeno, como o Brasil. You Shen, professora assistente de engenharia química e ambiental da Universidade da Califórnia, classifica a PAM como “uma possível ameaça médica emergente em todo o mundo“.
Não há registros médicos de mortes relacionadas à ameba no Brasil, a famosa ‘comedora de cérebros’, mas especialistas não descartam a possibilidade de que existam casos não diagnosticados. Os sintomas da PAM incluem: dor de cabeça frontal, febre, náuseas e vômito, rigidez no pescoço, estado mental alterado e alucinações.