IAs criam nova língua após serem deixadas conversando sozinhas
É interessante notar que, se as máquinas decidirem iniciar uma "revolução", talvez não compreendamos o que elas estão dizendo.

Recentemente, durante o Hackathon da ElevenLabs em Londres, os desenvolvedores Boris Starkov e Anton Pidkuiko apresentaram o GibberLink, um protocolo que permite que agentes de IA reconheçam quando estão interagindo entre si e mudem para uma linguagem própria, mais eficiente.
No vídeo demonstrativo, dois assistentes virtuais iniciam uma conversa em inglês sobre a reserva de um quarto de hotel. Ao perceberem que ambos são IAs, eles trocam para uma comunicação em alta velocidade utilizando o GGWave, um sistema que transmite dados por meio de ondas sonoras, inaudíveis e incompreensíveis para humanos.
Essa inovação conquistou o primeiro lugar no Hackathon da ElevenLabs em 2025. Embora atualmente seja uma prova de conceito, o GibberLink abre portas para que IAs se comuniquem de maneira mais rápida e eficiente entre si. No entanto, ainda não está claro se esse protocolo será compatível com outras IAs generativas, como o Google Gemini ou o ChatGPT.
Tradicionalmente, quando IAs se comunicam em inglês, elas dependem de GPUs (unidades de processamento gráfico) para reconhecer a fala e gerenciar pausas e interrupções no diálogo. Com o GGWave, a comunicação ocorre de forma mais rápida e com menos erros, utilizando apenas CPUs (unidades centrais de processamento), que são mais econômicas. Isso representa uma economia significativa de recursos computacionais.
Embora a ideia de máquinas desenvolvendo sua própria linguagem possa parecer preocupante, projetos como o GibberLink visam otimizar a eficiência da comunicação entre IAs, sem intenções ocultas. No entanto, é interessante notar que, se as máquinas decidirem iniciar uma “revolução”, talvez não compreendamos o que elas estão dizendo.