Magnetismo pode ser a nova aposta para substituir ar-condicionado e ventiladores; entenda
A eliminação de gases refrigerantes nocivos torna essa tecnologia mais ecológica, contribuindo para a redução do efeito estufa.

Pesquisadores do Laboratório Nacional de Oak Ridge (ORNL), no Tennessee, EUA, estão desenvolvendo uma tecnologia inovadora que promete transformar a temperatura e sem agredir o meio ambiente. Em realidade, já tem um nome: o resfriamento em estado sólido.
Diferentemente dos sistemas de ar-condicionado tradicionais, que dependem de gases refrigerantes e componentes mecânicos, o resfriamento em estado sólido utiliza materiais especiais que, ao serem expostos a um campo magnético, absorvem e liberam calor. Esse fenômeno, conhecido como efeito magnetocalórico, permite a redução da temperatura sem a necessidade de peças móveis ou substâncias nocivas.
A eliminação de gases refrigerantes nocivos torna essa tecnologia mais ecológica, contribuindo para a redução do efeito estufa. Além disso, a ausência de compressores e ventiladores resulta em um sistema mais silencioso e com menor consumo de energia. Estudos indicam que, com a aplicação de campos magnéticos mais intensos, a eficiência do resfriamento em estado sólido pode ser até três vezes superior à dos aparelhos de ar-condicionado convencionais.
Além de climatizar ambientes residenciais e comerciais, o resfriamento em estado sólido apresenta potencial para revolucionar a refrigeração de dispositivos eletrônicos. A Frore Systems, por exemplo, apresentou na CES 2024 o AirJet Mini, um chip de resfriamento em estado sólido projetado para dispositivos eletrônicos. Essa inovação permite que equipamentos como laptops, smartphones e tablets operem em temperaturas mais baixas sem a necessidade de ventiladores tradicionais, resultando em dispositivos mais finos, leves e silenciosos.
