A roda, ao contrário do que muitos imaginam, é uma invenção relativamente recente, datando de cerca de 3.500 a.C. Nessa época, a humanidade já realizava operações matemáticas e manipulava metais para a criação de ferramentas. Antes disso, nossos ancestrais, ao transportar objetos pesados, precisavam carregar ou arrastar tudo manualmente, sem a ajuda de carrinhos ou veículos que facilitassem o trabalho.

Por milhares, ou até centenas de milhares de anos, a humanidade viveu sem a roda. A questão não é que faltasse engenhosidade, mas que a invenção da roda foi um processo longo e gradual, como explica Jonnie Hughes em seu livro On the Origin of Tepees: The Evolution of Ideas. Ao invés de surgir como uma solução imediata, a roda foi fruto de uma série de experimentos e refinamentos.

Hoje, o uso da roda nos parece algo natural e intuitivo, mas para nossos antepassados a ideia de criar um objeto que pudesse rolar não era óbvia. Nada na natureza apontava diretamente para essa possibilidade, e coube ao ser humano imaginar essa invenção a partir de suas necessidades e desafios, sem nenhum modelo prévio que servisse de inspiração.

Embora o mundo oferecesse formas arredondadas e até cilíndricas, como frutos e pedras, esses objetos não tinham as características necessárias para um rolamento contínuo. O grande desafio estava na criação de uma roda que reduzisse o atrito ao rodar, algo muito avançado para as tecnologias rudimentares daquela época.