Produzimos lágrimas diferentes para cada sensação; entenda
A explicação científica está na composição química e estrutura molecular de cada tipo de lágrima.

Você sabia que as lágrimas que escorrem dos nossos olhos não são todas iguais? Pois é — cada tipo de emoção ou estímulo físico pode gerar uma lágrima com composição e estrutura distintas. Isso é o que mostram estudos como o da fotógrafa norte-americana Rose-Lynn Fisher, que decidiu investigar a fundo, ou melhor, ao microscópio, como diferentes lágrimas se comportam visualmente.
No projeto intitulado The Topography of Tears (A Topografia das Lágrimas), Fisher analisou amostras de lágrimas geradas por tristeza profunda, alegria, riso, frustração, alívio, além das chamadas lágrimas basais — aquelas que mantêm os olhos lubrificados no dia a dia. O resultado? Imagens surpreendentes, quase como pequenas obras de arte microscópicas. Cada lágrima revelou padrões únicos, como se carregassem impressões digitais emocionais.
Por exemplo, uma lágrima derramada ao cortar cebola exibe estruturas bem diferentes daquelas provocadas por uma crise de choro de tristeza. As lágrimas emocionais, em geral, tendem a apresentar formações mais complexas, algumas com aparência geométrica e traços que lembram mapas ou paisagens congeladas. Já as lágrimas reflexas (como as provocadas por poeira ou cebola) possuem uma composição mais simples e homogênea.
A explicação científica está na composição química. As lágrimas são feitas basicamente de água, mas também contêm sais, enzimas, lipídios, hormônios e até proteínas — e a proporção desses elementos muda de acordo com o tipo de lágrima. As emocionais, por exemplo, apresentam maiores níveis de hormônios ligados ao estresse, como a prolactina, e até de leucina encefalina, um analgésico natural do corpo.
A verdade é que, mesmo sem cair no misticismo, as lágrimas revelam mais sobre nós do que imaginamos. Além de sua função biológica — proteger e hidratar os olhos —, elas funcionam como expressões físicas de emoções internas, com formas que, ao microscópio, parecem contar uma história silenciosa. Veja o resultado das investigações em imagens abaixo: