A Black Friday, como conhecemos hoje, é um fenômeno comercial global, mas sua história é marcada por diferentes contextos e significados ao longo do tempo. O termo foi utilizado pela primeira vez em 24 de setembro de 1869, durante um colapso financeiro nos Estados Unidos. Na ocasião, os investidores Jay Gould e Jim Fisk tentaram manipular o mercado de ouro, provocando uma crise que levou a uma grande queda no mercado financeiro após a intervenção do governo.

Esse evento ficou conhecido como “Black Friday” devido às consequências negativas para a economia, nada parecido com o atual dia de compras. A conexão da Black Friday com o comércio começou a ganhar forma nos anos 1960, na Filadélfia. Após o Dia de Ação de Graças, o aumento de consumidores nas ruas causava um verdadeiro caos, e a polícia local usava o termo “Black Friday” para descrever o tumulto.

Nos anos 1980, lojistas reformularam a expressão, associando-a a um momento positivo: o dia em que saíam do “vermelho” (prejuízo) para o “preto” (lucro) devido ao grande volume de vendas. Com o tempo, o evento se consolidou como um marco comercial, movendo bilhões de dólares e atraindo consumidores em busca de descontos.

No Brasil, a Black Friday chegou em 2010, introduzida por um grupo de lojas online que ofereceram descontos no dia seguinte ao feriado americano de Ação de Graças. A iniciativa começou com cerca de 50 empresas, mas o evento cresceu rapidamente e se tornou uma das datas mais aguardadas do ano pelos consumidores brasileiros. Atualmente, a Black Friday acontece na última sexta-feira útil de novembro, mobilizando tanto o varejo físico quanto o digital.