A obesidade é uma das principais questões de saúde pública no Brasil e no mundo, ultrapassando o âmbito estético e figurando como uma das maiores causas de mortes evitáveis. Associada a doenças como diabetes, hipertensão e colesterol alto, a condição exige atenção global, sendo reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma doença epidêmica, crônica e multifatorial, capaz de reduzir drasticamente a expectativa de vida.

O Índice de Massa Corporal (IMC) é a ferramenta mais usada para identificar o peso corporal em relação à altura, categorizando a obesidade em três graus. Indivíduos com IMC de 30 a 34,9 apresentam 44% mais risco de morte, enquanto aqueles com IMC entre 35 e 39,9 têm 88% mais chances de complicações fatais. Em casos de obesidade mórbida, com IMC acima de 40, o risco de morte sobe para 250%, destacando que o perigo não se limita aos casos mais graves, mas também aos obesos grau I.

Em 2013, a American Medical Association classificou a obesidade como uma doença grave, alertando para a necessidade de ações preventivas e acesso ampliado a tratamentos. Já a OMS reforça que a obesidade, além de ser um problema crônico, contribui para o agravamento de diversas doenças, como doenças cardiovasculares e problemas respiratórios, tornando-se uma prioridade para governos e a sociedade.

O IMC é calculado dividindo o peso (em quilos) pela altura (em metros) elevada ao quadrado. Apesar de sua simplicidade, o índice deve ser complementado por uma avaliação médica mais detalhada para um diagnóstico preciso e personalizado.

Diante de números alarmantes, especialistas defendem a implementação de políticas públicas focadas na prevenção, educação nutricional e promoção de hábitos saudáveis. O combate à obesidade é um desafio coletivo e urgente, com impactos diretos na qualidade de vida e na sustentabilidade dos sistemas de saúde ao redor do mundo.