O sexo oral, por si só, não é diretamente responsável pelo desenvolvimento de câncer de garganta. No entanto, a infecção pelo vírus HPV (papilomavírus humano), especialmente em casos repetidos, pode favorecer o surgimento de tumores em diversas áreas.

Quando o HPV atinge a região da boca e garganta, pode desencadear o câncer de orofaringe. De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, acredita-se que o HPV seja responsável por cerca de 70% dos casos desse tipo de câncer no país.

O número de diagnósticos de câncer de orofaringe associado ao HPV tem aumentado nas últimas décadas. Um estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP) revelou que, na cidade de São Paulo, a incidência dessa doença duplicou entre 1997 e 2013. Durante esse período, foram registrados 15.391 novos casos, dos quais 38,3% (5.898 casos) estavam relacionados ao HPV.

Entre os principais sintomas do câncer de orofaringe estão dores de garganta persistentes, dificuldade ou dor ao engolir, dores no ouvido, rouquidão, inchaço dos gânglios linfáticos e perda de peso inexplicada. Em alguns casos, a pessoa pode não apresentar sintomas evidentes.