Em 10 de abril de 1815, o Monte Tambora, localizado na Indonésia, protagonizou a maior erupção vulcânica registrada na história. A explosão atingiu o nível 7 no Índice de Explosividade Vulcânica (IEV), liberando aproximadamente 180 km³ de material vulcânico na atmosfera. As consequências imediatas dos supervulcões foram devastadoras: entre 60 mil e 70 mil pessoas perderam a vida, sendo de 11 mil a 12 mil diretamente pela explosão.

A erupção lançou uma imensa quantidade de cinzas e gases na atmosfera, resultando em um resfriamento global significativo. O ano de 1816 ficou conhecido como “o ano sem verão”, caracterizado por temperaturas anormalmente baixas que levaram à perda de colheitas, fome generalizada e surtos de doenças, como a cólera, especialmente na Europa e nos Estados Unidos.

Especialistas alertam que eventos de magnitude semelhante podem ocorrer novamente. Markus Stoffel, professor de clima na Universidade de Genebra, indica que evidências geológicas sugerem uma chance de 1 em 6 de uma erupção vulcânica massiva neste século.

A seguradora Lloyd’s of London analisou cenários de possíveis erupções futuras, estimando que, em um evento extremo similar ao do Monte Tambora, as perdas econômicas poderiam ultrapassar US$ 3,6 trilhões apenas no primeiro ano.

Embora a probabilidade de uma erupção vulcânica massiva no futuro próximo seja relativamente baixa, é crucial que governos e comunidades globais se preparem adequadamente. Isso inclui a elaboração de planos de evacuação, estratégias de auxílio humanitário e garantias de suprimentos alimentares para mitigar os impactos de um possível desastre natural dessa magnitude.

Para uma compreensão mais detalhada sobre a erupção do Monte Tambora e seu impacto histórico, confira o vídeo a seguir: