Terra enfrentará grande tempestade solar neste fim de semana
As erupções estão previstas para atingir o planeta entre hoje (4) e domingo (6) e está entre as mais intensas.

Na manhã da última quinta-feira (3), às 9h de Brasília, o Sol emitiu uma explosão solar denominada de classe X, o nível mais intenso que a estrela pode gerar. O fenômeno emite auroras boreais — formações de luzes coloridas no céu — e pode causar instabilidades nas comunicações via rádio em todo o mundo durante este fim de semana.
A erupção já é considerada a mais forte desde 2017 e originou-se da mancha solar AR3842. Segundo a NASA, está entre as explosões mais intensas de energia e, quando atingem a Terra, podem causar perturbações em vários sistemas, gerando uma tempestade geomagnética. Entre as consequências estão o impacto nas comunicações de rádio, sinais de navegação por satélite, riscos para espaçonaves e astronautas, além de impacto direto no nosso bem-estar.
Pesquisadores já observaram que, em atividades geomagnéticas intensas, há aumento da variabilidade da frequência cardíaca, redução da função cognitiva, aumento da pressão arterial e impactos maiores em idosos e pessoas doentes. Isso ocorre porque a luz visível das erupções solares desregula funções do corpo, desde o funcionamento do coração até a regulação de glicose.
Para compreender o motivo das explosões, é importante lembrar que o Sol passa por ciclos de 11 anos, e atualmente está no meio do Ciclo Solar 25, que começou em 2019 e atingirá o “máximo solar” somente em 2024. É exatamente nesse período que as erupções solares são mais frequentes e intensas, o que justifica a previsão para o próximo fim de semana.
O planeta deve receber o fenômeno entre hoje (4) e domingo (6). As perturbações do evento facilitam a entrada de partículas solares na atmosfera, que colidem com átomos de oxigênio e nitrogênio, formando a aurora boreal. O atual ciclo solar se destaca por ter chegado ao auge mais rapidamente que o previsto e por ser o mais intenso até agora.