Acusado de estelionato, ex-BBB Nego Di deixa cadeia após 130 dias e se pronuncia
O humorista foi preso preventivamente no dia 14 de julho, em Santa Catarina, em uma operação conduzida pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul acusado de estelionato

O humorista e ex-participante do Big Brother Brasil, Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, deixou a Penitenciária Estadual de Canoas, no Rio Grande do Sul, na noite de quarta-feira (27). A liberdade foi concedida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em caráter provisório, enquanto o tribunal avalia o mérito do habeas corpus solicitado por sua defesa.
Ao sair da prisão, Nego Di se pronunciou muito brevemente: “Deus é o maior, só isso que eu tenho pra dizer”. O humorista foi preso preventivamente no dia 14 de julho, em Santa Catarina, em uma operação conduzida pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul. Ele é acusado de estelionato e lavagem de dinheiro, crimes que teriam sido cometidos por meio de sua loja virtual, onde clientes relatam ter pago por produtos como televisores e aparelhos de ar-condicionado, sem jamais recebê-los.
As investigações também apontam que Nego Di teria usado rifas ilegais para movimentar o dinheiro obtido de maneira fraudulenta. Na mesma operação, um suposto sócio do humorista também foi detido. Desde a prisão, a defesa de Nego Di vem argumentando que os problemas relatados pelos clientes teriam sido causados por falhas logísticas e pediu cautela para evitar julgamentos precipitados.
A decisão que permitiu a liberdade provisória de Nego Di foi emitida pelo ministro Reynaldo Soares da Fonseca, da 5ª Turma do STJ. Ele estabeleceu medidas cautelares para garantir a soltura, incluindo a obrigação de comparecer periodicamente à Justiça, a proibição de mudar de endereço ou deixar a comarca de residência sem autorização judicial, a entrega do passaporte às autoridades e o impedimento de usar redes sociais.
O ministro destacou que, embora o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul tenha mencionado mais de 370 registros policiais relacionados ao caso, a denúncia formal contra o humorista inclui apenas 18 vítimas. De acordo com a defesa, todas elas já teriam sido ressarcidas. Além disso, Fonseca apontou que os fatos investigados ocorreram em 2022, com as apurações já concluídas e o processo penal em curso.
O caso segue em tramitação, com a expectativa de que o mérito do habeas corpus seja analisado nos próximos meses. Enquanto isso, Nego Di permanece sob as condições impostas pela Justiça, aguardando o desfecho do processo.