Dias após a estreia de Senna na Netflix, a apresentadora Adriane Galisteu comentou discretamente sobre a série, que tentou apagá-la da história do piloto, limitando sua aparição a apenas 2 minutos e 34 segundos, enquanto dedicou um episódio inteiro a Xuxa Meneghel.

Galisteu, que foi a última namorada de Ayrton Senna, interagiu com a atriz Julia Fot, que a interpretou na série, comentando emojis de coração em uma publicação da atriz. Ela também compartilhou o vídeo em seus stories no Instagram e escreveu: “Gosto muito dela.” No vídeo, Julia aparece lendo um trecho do livro Caminho das Borboletas – Meus 405 Dias ao Lado de Ayrton Senna, escrito por Adriane Galisteu e publicado após a morte do piloto.

O livro gerou desentendimentos entre a então modelo e a família de Ayrton, o que reflete na tímida representação de Galisteu na nova série, evidenciando tensões antigas. A produção retrata a última namorada do tricampeão de Fórmula 1 de maneira superficial, enquanto dá maior destaque a outras figuras femininas que marcaram a vida dele, como Xuxa e Lilian Vasconcelos.

Executivos da Netflix enfrentaram resistência ao abordar o relacionamento entre Ayrton e Adriane. Nos bastidores, Viviane Senna, irmã do piloto, recusou-se a incluir qualquer menção significativa à apresentadora da Record. Assim, a solução foi um meio-termo que reduziu a relevância de Adriane na narrativa, atendendo às condições impostas pela família Senna.

Em entrevista à Splash, o ator Gabriel Leone, que dá a vida a Ayrton Senna na série, disse que o pouco tempo de tela de Galisteu está conforme a construção da narrativa escolhida. “Não acho que faltou explorar mais. Foi uma escolha da construção do nosso roteiro. Não teve nada a ver com Galisteu“, começou o ator. “Contamos sobre 1991 e pulamos para o último final de semana da vida de Ayrton, em 1994. Não aprofundamos em 1992 e 1993, período em que ele conheceu Adriane. Ficaria repetitivo dentro da construção da nossa história“, explicou Leone.