​A recente absolvição de Daniel Alves pelo Tribunal Superior de Justiça da Catalunha (TSJC) gerou profunda consternação na vítima que o acusou de agressão sexual. Ester García, advogada da jovem, relatou que sua cliente sentiu como se estivesse revivendo o trauma ocorrido no banheiro da boate naquela noite. García expressou preocupação de que essa decisão possa desencorajar outras vítimas de violência sexual a denunciarem seus agressores, temendo não serem ouvidas ou levadas a sério.

A advogada também criticou a sentença por se basear em imagens anteriores ao incidente que, segundo ela, não deveriam influenciar o julgamento de uma agressão sexual. Ela anunciou que recorrerá da decisão junto ao Tribunal Supremo da Espanha, buscando reverter a absolvição de Daniel Alves.

Além disso, García já havia manifestado indignação com a concessão de liberdade provisória a Daniel Alves mediante o pagamento de uma fiança de 1 milhão de euros. Ela classificou a decisão como um “escândalo” e afirmou que parece haver uma “justiça para os ricos”, indicando que recorrerá dessa determinação.

A vítima, por sua vez, desabafou: “Sinto que voltaram a me estuprar. Estou cansada de ser forte, não quero mais ser forte”. O sentimento de que a justiça não foi feita, ou pior, de que existe um preço para estuprar uma mulher, vem indignando muitos e o mundo segue acompanhando mais um caso de desigualdade jurídica trágica e vergonhosa, especialmente para nós, brasileiros.