O mais recente escândalo envolvendo a cantora Ana Castela e seu investidor, Agesner Monteiro, revela os bastidores de uma acirrada disputa milionária. O empresário, que detém 20% de participação na carreira da artista, conforme contrato, acusa Ana e seus sócios de afastá-lo ilegalmente das decisões financeiras e dos lucros, privando-o de receitas provenientes de shows, royalties e contratos publicitários.

Os valores em jogo ultrapassariam R$ 150 milhões. A denúncia, revelada pela colunista Fábia Oliveira, aponta que o afastamento ocorreu em 2022, no auge da carreira da cantora, apesar de um contrato válido até abril de 2027.

O documento em questão traz as assinaturas de Ana Castela, seus pais, Agesner Monteiro e dos empresários Rodolfo Alessi e Raphael Soares. Monteiro alega que sua exclusão foi decidida de forma unilateral e sem justificativa formal. Ele classificou o ato como “desonesto, criminoso, injusto, imoral e ilegal”. De acordo com o investidor, ele cumpriu integralmente suas obrigações contratuais e tentou resolver a situação por meio de negociações.

No entanto, todas as tratativas foram encerradas sem explicações claras pelos pais da cantora. Monteiro acredita que foi vítima de “puro oportunismo”, com o objetivo de apropriá-lo indevidamente de sua parte nos lucros. Na Justiça, Agesner Monteiro apresentou documentos, trocas de mensagens e análises de projeção de lucros que, segundo ele, evidenciam a relevância de seus aportes financeiros para o sucesso da carreira da sertaneja.

Além da ação judicial para reaver seus direitos, Monteiro também formalizou uma denúncia ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC-SP). Ana Castela, seus pais e os empresários são investigados por suspeitas de crimes como lavagem de dinheiro, estelionato, apropriação indébita, furto qualificado e organização criminosa. A denúncia menciona ainda a criação de diversas empresas, supostamente usadas para desviar recursos de forma ilícita.

Outro ponto polêmico envolve a defesa jurídica da cantora. Monteiro questiona a contratação do advogado de Ana Castela, que é irmão do juiz inicialmente responsável pelo caso na 7ª Vara Cível de Londrina (PR). Ele argumenta que isso pode comprometer a imparcialidade do processo.