Antonia Fontenelle voltou a ser alvo de polêmica nas redes sociais após publicar uma homenagem à cantora Preta Gil, que faleceu no último domingo (20), aos 50 anos, em decorrência de um câncer no intestino. A apresentadora e influenciadora digital compartilhou em seu perfil no Instagram um vídeo antigo de uma entrevista com Preta, gravada durante os bastidores de um show, e escreveu um texto em tom de despedida, misturando memórias afetivas, emoção e uma controvérsia inesperada: o perdão que diz ter oferecido à artista mesmo após desavenças ideológicas.

“Preta, eu te perdoo por todas as vezes que fui fortemente açoitada pelos seus com o seu aval, por questões políticas. A Preta que carrego em meu coração é a Preta desse vídeo e de tantos outros momentos alegres. Você foi gigante, raçuda. Descansa em paz”, escreveu Fontenelle na legenda do post, que teve os comentários desativados minutos depois da publicação.

A medida foi tomada após uma enxurrada de críticas de internautas, que acusaram a influenciadora de usar o falecimento de Preta Gil como pretexto para trazer à tona antigas mágoas e, indiretamente, se promover. Nos stories do Instagram, Fontenelle surgiu com a voz embargada e os olhos marejados. Ela lamentou a morte da cantora e destacou o fato de Preta não poder acompanhar o crescimento da neta, Sol de Maria, de nove anos, filha de Francisco Gil:

“Enquanto eu e meus advogados travamos uma guerra com aqueles que perdem tempo de suas vidas para fazer mal aos outros, eu soube da partida da Preta Gil. Como mãe e como uma mulher da mesma idade que ela, é dolorido. Eu vivi de perto o câncer com uma pessoa feroz. Eu sei o que essa doença faz com o corpo e com a alma. Antes dessa guerra política, eu e a Preta tivemos bons momentos. Sempre desejei saúde para ela. Queria que ela vivesse o suficiente para ver a neta crescer e se tornar uma grande mulher”, declarou.

Preta Gil, filha do cantor Gilberto Gil com Sandra Gadelha, vinha enfrentando um câncer colorretal desde janeiro de 2023. Após passar por diversas fases do tratamento no Brasil, com idas e vindas hospitalares, ela chegou a anunciar remissão parcial do tumor, mas sofreu uma recidiva agressiva no ano seguinte. Em maio de 2025, foi aos Estados Unidos em busca de um tratamento experimental no Memorial Sloan Kettering Cancer Center, em Nova York, mas seu estado clínico se agravou rapidamente. Sua morte comoveu o país.