O dicionário Collins escolheu “brat” como a palavra do ano de 2024, destacando o termo nesta sexta-feira (1). A palavra, que significa “rebelde” ou “mal comportada”, ganhou popularidade após ser usada como título do último álbum da cantora inglesa Charli XCX. Além disso, foi amplamente adotada nas redes por apoiadores de Kamala Harris, candidata à presidência dos Estados Unidos, que a utilizou de maneira descontraída no X, a antiga rede social Twitter.

A divulgação do álbum de Charli XCX, cujo nome verdadeiro é Charlotte Emma Aitchison, transformou “brat” em uma das palavras mais comentadas nas redes sociais este ano. Segundo o Collins, o termo se tornou um fenômeno cultural com o qual pessoas ao redor do mundo se identificaram. Além disso, a expressão “verão brat” emergiu como uma estética e um estilo de vida, refletindo um comportamento desinibido e autêntico.

O uso da palavra foi impulsionado também por apoiadores de Kamala Harris, que adotaram o termo após Charli XCX publicar “Kamala é brat” no X. Em resposta, Harris compartilhou uma música do álbum em seu TikTok, e sua equipe de campanha no X aplicou o estilo verde neon da capa do álbum como parte de sua identidade visual.

Segundo o próprio Collins, “brat” agora representa uma “atitude confiante, independente e hedonista”. O termo, que surgiu na música, rapidamente ultrapassou as fronteiras do entretenimento e foi adotado globalmente como uma estética entre os jovens, que passaram a enxergar nele uma maneira de expressar liberdade e autenticidade.

O álbum “Brat”, lançado em junho, chegou ao topo das paradas no Reino Unido e alcançou o terceiro lugar nos Estados Unidos. Charli XCX descreveu o termo como representativo de uma jovem que “é um pouco bagunceira” e que “às vezes fala coisas bobas”, mas que celebra a vida com entusiasmo. A descrição ressoou entre fãs que se identificam com a vibe irreverente da cantora.

Outras palavras finalistas ao título de palavra do ano pelo Collins incluem “antiturismo” e “supermaioria”. A primeira se refere aos protestos contra o turismo excessivo em várias regiões da Europa, enquanto a segunda representa uma maioria legislativa capaz de aprovar leis com maior facilidade.