Conheça 5 sinais na fala que podem indicar princípio de Alzheimer
Esses sinais não confirmam, por si só, o diagnóstico da doença, mas servem como alerta para que familiares e profissionais de saúde busquem avaliação neurológica.

A Doença de Alzheimer é uma condição neurodegenerativa progressiva que compromete a memória, o pensamento e a linguagem. Apesar de ainda não ter cura, o diagnóstico precoce pode fazer diferença significativa na qualidade de vida e na evolução do quadro clínico. Um dos caminhos para perceber sinais iniciais está na fala, já que alterações linguísticas podem aparecer nos estágios mais precoces da doença. Especialistas alertam para cinco mudanças específicas que merecem atenção:
Pessoas nos estágios iniciais do Alzheimer tendem a apresentar hesitações constantes ao falar. É comum que parem no meio de frases procurando a palavra certa, substituindo-a por expressões vagas como “coisa” ou contornando o termo esquecido. Por exemplo, ao tentar lembrar “chave”, a pessoa pode dizer: “aquela coisa que abre a porta”.
Outro sinal é a troca de palavras por outras relacionadas, mas incorretas. Ao invés de “gato”, pode-se dizer “animal” ou até “cachorro”. Essa generalização do vocabulário ocorre porque o cérebro começa a ter dificuldade para acessar palavras específicas.
Em vez de realizar uma ação, a pessoa comenta sobre ela, expressando insegurança ou lembrando de habilidades antigas. Isso pode indicar que o cérebro está perdendo a capacidade de planejar e executar ações cotidianas. Frases como “eu fazia isso tão bem antigamente” tornam-se comuns.
Nos estágios iniciais, há uma tendência a repetir os mesmos verbos, substantivos e conectivos como “e”, “mas” e “o”. A complexidade das frases diminui, resultando em um discurso mais simplificado, monótono e limitado.
Um dos testes usados por neurologistas para avaliar funções cognitivas é pedir que o paciente nomeie, por exemplo, frutas, cores ou animais. Indivíduos com Alzheimer têm dificuldade crescente para realizar essa tarefa, mostrando perda de associação entre palavras e categorias.
Esses sinais não confirmam, por si só, o diagnóstico da doença, mas servem como alerta para que familiares e profissionais de saúde busquem avaliação neurológica. A detecção precoce permite iniciar tratamentos que podem desacelerar a progressão da doença e oferecer melhor suporte ao paciente e seus cuidadores.