O rapper Oruam reagiu nas redes sociais à repercussão do vídeo da deputada Erika Hilton (PSOL-SP), em que ela justificava seu diálogo com ele e chamava atenção por supostamente “passar pano” para o crime por causa da ligação dele com o Comando Vermelho. Em sua resposta no X (antigo Twitter), Oruam contestou duramente a narrativa que se formou. Ele explicou que, nas mídias sociais, “elas soltam uma mentira que acaba virando verdade para quem não entende do assunto”.

Rebatendo diretamente as acusações, o artista rejeitou seu envolvimento como membro de facção, tanto sua quanto com seu pai, Marcinho VP. “De tanto as pessoas me associarem a facções criminosas, hoje em dia todo mundo acredita que isso seja verdade”, disse ele, classificando esse tipo de rumor como “uma mentira que virou verdade na mente de um ignorante”.

O contexto dessa resposta vem de uma polêmica recente. Erika Hilton havia se envolvido em críticas por sugerir que Oruam iniciasse uma militância política, com frases como “revolução com o pé no chão”. Logo depois, ela se retratou, alegando que errou no tom e negando ter passado pano para qualquer crime. Oruam republicou o vídeo da deputada na sequência, afirmando que a repercussão em torno dele foi uma tentativa de difamação orientada por quem “quer acabar com nossa imagem”.

Vale lembrar que as raízes de Oruam são frequentemente lembradas apenas por sua origem familiar. Filho de Marcinho VP, ex-líder do Comando Vermelho, ele já foi alvo de críticas por tatuagens e por homenagens ao pai — como no Lollapalooza, em 2024 —, e por ser associado à narcocultura, pavimentando um cenário em que qualquer contato com ele suscita desconfiança. Mas, para o rapper, esses elementos não podem ser confundidos com vínculos formais ou atividades criminosas.