Emicida entra na justiça contra o próprio irmão em acusação de desvio de dinheiro
Divergências sobre movimentações financeiras persistiram, levando Emicida a revogar a procuração que permitia a Fióti acessar as contas bancárias da empresa.

A relação profissional entre os irmãos Emicida e Evandro Fióti, que por 16 anos colaboraram na gestão da empresa Laboratório Fantasma, desmoronou em meio a graves acusações financeiras. Emicida, renomado rapper brasileiro, acusa seu irmão e ex-sócio de desviar mais de R$ 6 milhões da empresa que ambos fundaram em 2009 na periferia da Zona Norte de São Paulo.
O conflito veio à tona em novembro de 2024, quando Emicida solicitou a saída de Fióti do quadro societário da Laboratório Fantasma. Em dezembro, um acordo formalizou o desligamento. Contudo, divergências sobre movimentações financeiras persistiram, levando Emicida a revogar a procuração que permitia a Fióti acessar as contas bancárias da empresa.
Essa ação resultou em um processo judicial movido por Fióti contra Emicida, alegando descumprimento dos termos acordados. A defesa de Emicida aponta que, desde a fundação da empresa, ele detinha 90% das cotas societárias, enquanto Fióti possuía 10%. A acusação de desvio de R$ 6 milhões refere-se a transferências supostamente realizadas por Fióti entre junho de 2024 e fevereiro de 2025, sem justificativa aparente.
Por outro lado, a defesa de Fióti argumenta que as movimentações financeiras foram previamente acordadas e que valores semelhantes foram transferidos para a conta pessoal de Emicida. No entanto, não foram apresentadas justificativas para as transferências realizadas entre junho e julho de 2024, que somam aproximadamente R$ 4 milhões. O caso segue em segredo de Justiça, e a comunidade artística aguarda os desdobramentos dessa disputa entre os irmãos.