Especialista diz que divórcio de Virginia e Zé Felipe pode servir como proteção de patrimônio
Especialistas em direito da família e planejamento patrimonial apontam que, em situações de vulnerabilidade jurídica é comum a adoção de medidas para proteger o patrimônio.

A recente separação de Virginia Fonseca e Zé Felipe, anunciada em meio à investigação da influenciadora pela CPI das Bets, levantou questionamentos sobre possíveis estratégias de proteção patrimonial envolvidas no divórcio.
O casal, que oficializou a união em 2021 sob o regime de comunhão parcial de bens, construiu um patrimônio significativo ao longo dos anos. Virgínia, empresária e influenciadora digital, é fundadora da marca WePink, que atingiu um faturamento de R$ 168,5 milhões em 2022 . Zé Felipe, por sua vez, é um cantor de sucesso e filho do sertanejo Leonardo.
Especialistas em direito de família e planejamento patrimonial apontam que, em situações de vulnerabilidade jurídica, como investigações ou processos judiciais, é comum a adoção de medidas para proteger o patrimônio. Entre essas estratégias estão a separação legal, a criação de holdings e a transferência de bens para terceiros. No entanto, tais medidas devem ser realizadas de forma legítima e transparente, sob pena de serem consideradas fraudulentas.
No caso de Virginia, a separação pode implicar na divisão dos bens adquiridos durante o casamento, conforme previsto no regime de comunhão parcial. Isso significa que parte do patrimônio construído em conjunto poderá ser transferida para Zé Felipe, o que, em tese, reduziria a exposição da influenciadora a eventuais bloqueios judiciais relacionados às investigações da CPI das Bets.
A CPI das Bets, instaurada em novembro de 2024, tem como objetivo investigar a influência dos jogos de apostas online no orçamento das famílias brasileiras e possíveis ligações com organizações criminosas. Virginia foi convocada a depor na comissão em abril de 2025, onde negou ter recebido percentuais sobre as perdas de apostadores que acessaram a plataforma “Esportes da Sorte” por meio de seu link. No entanto, reportagens indicam cláusulas contratuais que sugerem o contrário.
Diante desse cenário, a separação do casal pode ser interpretada como uma medida de precaução diante das investigações em curso. Contudo, é importante ressaltar que qualquer tentativa de ocultar ou desviar bens de forma fraudulenta pode ser enquadrada como crime de fraude contra credores, conforme previsto no Código Civil brasileiro.
Até o momento, não há evidências concretas de que a separação de Virgínia e Zé Felipe tenha sido motivada por questões patrimoniais. No entanto, o contexto jurídico e financeiro em que ocorreu levanta dúvidas sobre possíveis estratégias de proteção de bens adotadas pelo casal.