Estudo sugere que nosso universo está dentro de um buraco negro
Essa teoria sugere que o universo observável pode ser o interior de um buraco negro pertencente a um universo maior.

Recentes descobertas sugerem que o nosso universo pode estar localizado dentro de um buraco negro. Essa hipótese ganhou força após observações realizadas pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST), que identificou padrões inesperados na rotação de galáxias distantes.
No âmbito do projeto James Webb Telescope Advanced Extragalactic Survey (JADES), pesquisadores analisaram 263 galáxias e descobriram que aproximadamente dois terços delas giram no sentido horário, enquanto o restante gira no sentido anti-horário. Em um universo aleatório, seria esperado que essas proporções fossem aproximadamente iguais. Essa assimetria na rotação galáctica levanta questões sobre a estrutura e a origem do cosmos.
Uma das explicações propostas é que o universo tenha nascido girando, o que está alinhado com a teoria da cosmologia de buracos negros. Essa teoria sugere que o universo observável pode ser o interior de um buraco negro pertencente a um universo maior. Nesse contexto, cada buraco negro em nosso universo poderia ser a porta de entrada para outro “universo bebê”, embora esses universos sejam inobserváveis devido ao horizonte de eventos que impede a fuga de qualquer forma de luz ou matéria.
O físico teórico polonês Nikodem Poplawski é um dos defensores dessa hipótese. Ele propõe que, dentro de um buraco negro, a matéria atinge uma densidade extremamente alta, mas, devido à torção do espaço-tempo e ao giro da matéria, essa compressão não resulta em uma singularidade infinita. Em vez disso, a matéria sofre um “salto”, expandindo-se rapidamente e potencialmente dando origem a um novo universo. Esse processo poderia explicar o Big Bang e a atual expansão do nosso universo.
Outra possível explicação para a predominância de galáxias girando em uma direção específica é o movimento de rotação da Via Láctea. O efeito Doppler poderia tornar as galáxias que giram no sentido oposto à rotação da Terra mais brilhantes, influenciando as observações realizadas pelo JWST. Se essa hipótese for confirmada, seria necessário recalibrar as medições de distância no universo profundo, o que poderia esclarecer questões como as diferentes taxas de expansão do universo e a existência de galáxias que aparentam ser mais antigas do que o próprio cosmos.