A recente polêmica envolvendo o padre Fábio de Melo e a demissão de um gerente da cafeteria Havanna, em Joinville (SC), continua repercutindo nas redes sociais e nos veículos de imprensa. O caso teve início quando o religioso visitou a loja da rede e identificou uma divergência de preços entre o valor anunciado de um pote de doce de leite na prateleira e o cobrado no caixa.

De acordo com Fábio de Melo, ele comunicou a funcionária do estabelecimento sobre a diferença, momento em que o gerente interveio de forma ríspida, afirmando em voz alta que “o preço é esse, quem quiser levar que leve” e que não poderia alterar o valor no sistema. O padre afirmou que sua intenção foi apenas reivindicar o cumprimento do Código de Defesa do Consumidor.

Fábio também fez questão de esclarecer que foi ele próprio quem pegou o produto da prateleira e entregou a um amigo que o acompanhava, para que efetuasse o pagamento, contrariando a versão apresentada por Jair Rosa, o então gerente da loja, que deu uma entrevista ao portal Metrópoles contestando os relatos do padre.

Ele afirmou que em nenhum momento houve confronto e que Fábio de Melo sequer tocou no produto. O ex-gerente se disse surpreso com a repercussão e abalado com a sua demissão, alegando que foi usado como bode expiatório para proteger a imagem da empresa. Em seu relato, ele reforçou que a rede Havanna optou por sua demissão sem lhe dar oportunidade de defesa, e que a decisão o deixou em estado de choque.

Após a grande repercussão, Fábio de Melo voltou a se pronunciar, lamentando o desfecho, mas reforçando que não se considera responsável pela demissão do profissional: “Lamento muito que ele tenha sido demitido, não sei o histórico dele, como ele liderava a loja. Só dei o testemunho que nenhum estabelecimento comercial está acima da Lei do Direito do Consumidor, nenhum gerente tem o direito de decidir qualquer coisa que contrarie isso.”

Sobre o ínicio da discussão, acrescentou que após ter dado sua reclamação, o gerente foi culpar os funcionários “Nisso, o gerente começou a querer saber quem foi que pôs o preço errado, começou uma pequena discussão com as funcionárias quando, eu acho que, naquele momento, não era hora de discutir quem pôs o preço errado, era hora de vir falar com a gente”, completou.

A rede Havanna, por sua vez, emitiu uma nota oficial reconhecendo a falha no atendimento ao cliente e pediu desculpas ao padre. A empresa também informou estar revisando seus procedimentos internos com o objetivo de evitar que episódios semelhantes voltem a ocorrer. Entretanto, não forneceu detalhes sobre os motivos específicos da demissão do gerente.